Bico ilegal: empresários defendem JET (Jornada Especial de Trabalho) para reforçar segurança sem ferir a lei

Campo Grande (MS) — Uma reunião em Campo Grande reuniu empresários da segurança privada e autoridades para tratar do projeto que tenta regulamentar a atuação de policiais militares em atividades privadas, os chamados “bicos”, prática atualmente ilegal. Estiveram presentes o presidente Amilton José do Pilar, proprietário da Stilo Segurança e presidente do Sindicato das empresas de vigilância, segurança e transporte de valores do Estado de MS, além do Major Arquimedes Gonzaga Gonçalves, da Mega Segurança, entre outras lideranças do segmento.
No debate, duas trilhas ficaram claras. A primeira busca “oficializar o bico”, permitindo PMs atuarem em vigilância e escolta mediante autorização. Para o empresariado, isso criaria concorrência desleal e colidiria com a legislação federal que organiza o mercado de segurança privada. A alternativa é a JET — (Jornada Especial de Trabalho), proposta pelo Dep. Coronel David: ampliar a presença policial em horários e áreas de maior demanda, com descanso assegurado e sem competir com as empresas reguladas pela Lei Federal nº 14.967/2024.
Para os representantes do setor, a JET preserva a fronteira entre segurança pública e privada, oferece previsibilidade jurídica e mantém a isonomia concorrencial — pontos vitais para investimentos, empregos e a qualidade dos serviços prestados à sociedade sul-mato-grossense. O encontro foi avaliado como positivo por fortalecer o diálogo entre mercado, sindicato e poder público em torno de uma solução responsável para a segurança no Estado.
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