Quem é “Pouca Sombra” e quem são os laranjas que recebiam PIX do secretário Beto da Pax?

Quem é “Pouca Sombra” e quem são os laranjas que recebiam PIX do secretário Beto da Pax?

População de Bonito cobra respostas e transparência nas investigações da Operação Águas Turvas.

Bonito (MS) – A cidade de Bonito vive dias de expectativa e indignação após a prisão do secretário de Administração e Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, conhecido como “Beto da Pax”. Ele é apontado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul como um dos principais investigados na Operação Águas Turvas, que apura fraudes em licitações e supostos repasses de propina por meio de transferências via PIX.

As investigações indicam que valores pagos por empreiteiros a empresas contratadas pelo município eram, em parte, devolvidos a servidores públicos. Segundo o MP, essa devolução ocorria por meio de intermediários, os chamados “laranjas”, utilizados para ocultar o destino final do dinheiro.

Um dos repasses identificados teria sido de R$ 20 mil, feito logo após o pagamento de uma obra municipal. O valor foi transferido para uma conta em nome de Jerry José Gibertoni, um empreiteiro do Paraná, citado como possível laranja no esquema. As apurações também apontam que outros intermediários teriam recebido quantias semelhantes, a mando do secretário Beto da Pax.

A figura de “Pouca Sombra”

Nos bastidores da investigação, o nome de um suposto articulador conhecido como “Pouca Sombra” tem chamado atenção. Fontes locais afirmam que ele seria uma pessoa de influência nos bastidores políticos e empresariais da cidade, atuando como elo entre fornecedores e agentes públicos.
Entretanto, a identidade de “Pouca Sombra” ainda não foi oficialmente confirmada pelas autoridades, o que tem alimentado especulações e aumentado a pressão popular por esclarecimentos.

Cobrança da população

A repercussão do caso é grande em Bonito. Moradores e comerciantes cobram transparência total nas investigações e querem saber quem são, de fato, os envolvidos.
Nas redes sociais e nas conversas de rua, as perguntas se repetem:

“Quem é o Pouca Sombra?”
“Quem são os laranjas que recebiam o dinheiro do secretário?”
“Para onde foi o dinheiro público de Bonito?”

Muitos destacam que o município, conhecido por suas belezas naturais e turismo, não pode ter sua imagem manchada por casos de corrupção. “O povo trabalha, paga imposto e quer ver o resultado nas ruas, não em contas de laranjas”, disse um morador.

Medidas tomadas

Após as denúncias, a Prefeitura de Bonito confirmou a exoneração dos servidores investigados e a suspensão dos contratos das empresas citadas na operação. O Ministério Público informou que as investigações seguem sob sigilo, mas novas diligências estão em andamento para identificar todos os beneficiados e intermediários.

Entre os outros nomes investigados estão a diretora de licitações Luciane Cintia Pazette, o empreiteiro Genilton Moreira da Silva, o fiscal de obras Carlos Henrique Sanches Corrêa e Luis Fernando Xavier Duarte, conforme divulgado pelo próprio MP.

O que vem pela frente

Enquanto o processo corre na Justiça, a população de Bonito continua aguardando respostas concretas. O caso ganhou repercussão estadual e deve ter novos desdobramentos nas próximas semanas.
Até lá, o mistério permanece: quem é o “Pouca Sombra” e quais foram os laranjas usados para movimentar o dinheiro do esquema?

Conclusão

Bonito pede luz sobre o caso. O povo quer nomes, explicações e justiça. O episódio envolvendo Beto da Pax, os laranjas e o enigmático Pouca Sombra se tornou símbolo de uma cobrança crescente por transparência e responsabilidade pública em todo o Mato Grosso do Sul.