Justiça Eleitoral cassa mandato da filha de Eder Moraes

A Justiça Eleitoral cassou o diploma da vereadora de Diamantino Monnize da Costa Dias Zangeroli, por abuso de poder econômico, compra de votos e uso de recursos não declarados durante a campanha eleitoral de 2024. A decisão foi proferida nesta terça-feira (9) pelo juiz da 7ª Zona Eleitoral, Raul Lara Leite. O magistrado também declarou inelegíveis por um período de oito anos Monnize e o pai, o ex-secretário de Fazenda na gestão Silval Barbosa, Eder de Moraes, apontado como coordenador financeiro da campanha dela. A sentença atende ao pedido do candidato Edimilson Freitas Almeida, que concorreu ao mesmo cargo e moveu a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) denunciando irregularidades na campanha de Monnize. De acordo com a investigação, o esquema incluiu compra de votos, omissão de gastos na prestação de contas e um sistema paralelo de contabilidade, conhecido como “caixa dois”. Conforme a denúncia, às vésperas da eleição, em 5 de outubro de 2024, a polícia encontrou no quarto de hotel onde Eder estava hospedado uma quantia de R$ 6 mil em espécie, um caderno com anotações detalhadas de pagamentos e um celular. Entre os registros, constava a negociação de votos com nomes, valores e até metas de apoio eleitoral. O juiz destacou na sentença que “o conjunto de ilicitudes demonstra utilização de recursos de forma a comprometer a normalidade e legitimidade das eleições”, com indícios consistentes de que parte do dinheiro era destinada à compra de votos. A prova mais contundente do esquema de compra de votos e apoio político vem do cruzamento das anotações do caderno de Eder com o depoimento da testemunha Everton Catunda, que admitiu ter assinado um documento onde consta a promessa de entregar “20 votos” em...

Justiça Eleitoral cassa mandato da filha de Eder Moraes
A Justiça Eleitoral cassou o diploma da vereadora de Diamantino Monnize da Costa Dias Zangeroli, por abuso de poder econômico, compra de votos e uso de recursos não declarados durante a campanha eleitoral de 2024. A decisão foi proferida nesta terça-feira (9) pelo juiz da 7ª Zona Eleitoral, Raul Lara Leite. O magistrado também declarou inelegíveis por um período de oito anos Monnize e o pai, o ex-secretário de Fazenda na gestão Silval Barbosa, Eder de Moraes, apontado como coordenador financeiro da campanha dela. A sentença atende ao pedido do candidato Edimilson Freitas Almeida, que concorreu ao mesmo cargo e moveu a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) denunciando irregularidades na campanha de Monnize. De acordo com a investigação, o esquema incluiu compra de votos, omissão de gastos na prestação de contas e um sistema paralelo de contabilidade, conhecido como “caixa dois”. Conforme a denúncia, às vésperas da eleição, em 5 de outubro de 2024, a polícia encontrou no quarto de hotel onde Eder estava hospedado uma quantia de R$ 6 mil em espécie, um caderno com anotações detalhadas de pagamentos e um celular. Entre os registros, constava a negociação de votos com nomes, valores e até metas de apoio eleitoral. O juiz destacou na sentença que “o conjunto de ilicitudes demonstra utilização de recursos de forma a comprometer a normalidade e legitimidade das eleições”, com indícios consistentes de que parte do dinheiro era destinada à compra de votos. A prova mais contundente do esquema de compra de votos e apoio político vem do cruzamento das anotações do caderno de Eder com o depoimento da testemunha Everton Catunda, que admitiu ter assinado um documento onde consta a promessa de entregar “20 votos” em...